domingo, 9 de setembro de 2012

A Mitologia dos nomes


 OLYMPIC, TITANIC E GIGANTIC
Segundo a mitologia grega, Uranus era a personificação do Céu e o esposo de Gaia a Terra, o elemento primordial que gerou todas as estirpes divinas. Gaia e Uranus tiveram doze filhos (seis irmãos e seis irmãs). Cada filho casou-se ou teve filhos de uma de suas irmãs. Eles são: Cronos e Rhea, Iapetus e Themis, Oceanus e Tethys, Hyperion e Theia, Crius e Mnemosyne, e Coeus e Phoebe.
Seis dos filhos de Uranus e Gaia foram chamados os Titans, os quais constituíam a primeira geração de deuses. Os Titans eram uma raça de gigantes semelhantes a deuses que eram considerados personificações das forças da natureza. Cronos, o mais jovem, ajudou sua mãe Gaia a castrar o seu pai e tomou o poder, com o apoio dos seus irmãos. Porém, Oceanus, o mais velho, não se rebelou contra o progenitor e ficou à margem da família. Para evitar que a história se repetisse, Cronos devorava os seus filhos à medida que nasciam. Somente Zeus conseguiu sobreviver, porque sua mãe, Rhea, partiu para a ilha de Creta, para secretamente poder dá-lo à luz. Já adulto, Zeus, sendo um Deus do Olimpo desafiou a seu pai e os seus tios e venceu-os após uma dura batalha, com a ajuda de Oceanus e dos outros deuses do Olimpo, Hades, Apolo, Hera, Atena e Poseidon. Depois de vencidos, os Titans foram encerrados por Zeus no Tártaro, um abismo situado nas profundezas da Terra. Para se vingar de Zeus e o derrotar, Gaia, gera os Gigantes, seres de uma força extraordinária que só poderiam ser derrotados quando um deus e um humano os atacassem simultaneamente.São eles Tifão, Pai-de-Monstros, Gigante da Tempestade; Alcioneu, Castigo-de-Hades, Gigante das Riquezas; Efialtes, Castigo-de-Apolo; Porfírio, Rei-Gigante, Quem Raptou Hera (Juno); Encélado, Castigo-de-Atena, Gigante do Fogo; Polybotes, Castigo-de-Poseidon, Gigante do Veneno.
No documentário Titanic - A Lenda, é retratada a cena em que são dados os nomes aos navios.
Ismay - Agora vão precisar de nomes. Não podemos continuar a chamar-lhes 400 e 401.
Pirrie - Com certeza, já que o 400 é o primeiro da classe, vamos chamar-lhe Olympic.
Ismay - Concordo. E o 401?
Pirrie - É o seu navio, Bruce.
Ismay - William, conhece a mitologia. O Olimpo era a casa dos Deuses gregos, é verdade. Mas então e os seus maiores rivais? Os Titãs? Eram gigantes cada um deles. O companheiro do Olympic deverá ser o Titanic!
Pirrie - Muito bem. Nunca houve um navio com nome tão apropriado.
Ismay - Olympic e Titanic! 
No filme de dois episódios de 1996 Titanic feito para televisão, o Capitão Smith em seus momentos finais, relembra a mitologia dizendo o seguinte:
Capt. Smith - Há uma frase muito citada nos jornais. "Nem Deus afunda este navio." Recebeu um nome apropriado. Os Titãs ousaram desafiar os deuses, e, devido à sua arrogância foram precipitados no Tártaro. 
O primeiro navio dos três que seriam construídos acabou ficando com o nome de Olympic por causa dos Deuses do Monte Olimpo. O Titanic é referente aos rivais dos Deuses do Olimpo, os gigantes Titans. Já o terceiro navio, o Gigantic, era em homenagem aos segundos rivais do Olimpo, os Gigantes. É desta história mitológica que provém o nome dos três navios da White Star Line e o termo “Olympic Class”. Curiosamente, apenas os deuses do Olimpo prevaleceram, até se desvanecerem na História, assim foi com o Olympic, o único que prevaleceu até ser desmontado. Tal como na mitologia grega os Titãs e os Gigantes, tanto o Titanic como o Gigantic (ou Britannic), foram destinados também ao fracasso. 

Naufrágio



 COMO O TITANIC AFUNDOU 
VERSÃO 2012
Esta é a versão mais atual e mais correta de como o Titanic se afundou, com base nas últimas descobertas no local do naufrágio, simulações de computador e relatos dos sobreviventes. As mais relevantes são sem duvida a ligeira inclinação de nove graus para bombordo enquanto se afunda, a elevação da popa que não foi além dos 23 graus, a quebra do navio que afinal ocorreu entre a segunda e terceira chaminé e não entre a terceira e a quarta como até hoje se pensava, e o afundamento da popa na diagonal.

Jack Dawson ''Vivo''


 


JACK DAWSON VIVO
James Cameron não poderia ter escolhido melhor nome para a sua personagem nem melhor actor para a representar. Esta fotografia antiga foi-me indicada pela Pâm de São Paulo que achou esta foto na internet no blog Neatocoolville cujo autor é o sr. Mayor Todd Franklin. Ele próprio diz que esteve vasculhando algumas fotos antigas (possivelmente pessoais) e que achou esta foto de dois jovens, e que o rapaz se parece com Jack Dawson, ou melhor Leonardo Di Caprio. Lógico que os amantes do filme, sempre loucos para provarem inútilmente que o roteiro do filme aconteceu de verdade apesar de já ter sido desmentido pelo próprio James Cameron, não perderam tempo em anúnciar a sobrevivência da sua personagem tão querida... É certo que o jovem da foto realmente é parecido com Leonardo Di Caprio, mas o próprio Leonardo Di Caprio tem sósias hoje em dia e já os teve no passado, como Alexandre o Grande, o jovem poeta Rimbaud que Leonardo Dicaprio interpretou no filme Eclipse Total, ou o russo Lenine enquanto jovem. Ao analisar com atenção a foto em questão podemos ver que este jovem, de cigarro entre os dedos, aparenta ter 20 anos de idade, idade essa com que o fictício Jack embarcou no Titanic, por isso a foto teria de ter sido tirada antes ou pouco tempo depois de 1912. A amiga da foto poderemos dizer ser parecida com Janis Joplin. No entanto ela usa cabelos curtos, antes de 1912 as mulheres não usavam cabelo garçonette, essa moda só apareceu depois da Primeira Guerra Mundial já em plenos anos 20, pelo que Jack já teria cerca de 30 anos... o rapaz não aparenta ter 30 anos... Mais um mistério desfeito.

A ''Velha Rose ''






GLORIA STUART

Glória Frances Stewart mais conhecida por Gloria Stuart, nasceu no dia 4 de Julho de 1910 em Santa Mónica, Califórnia. Apesar do seu nome ser escrito 'Stewart', ela começou a adoptar 'Stuart' para garantir mais 'mediatismo' ao nome artístico, que passou a ter seis letras tanto no nome como no sobrenome. Os seus trabalhos foram reconhecidos ao longo de todo o século XX, nomeadamente como a personagem querida de Claude Rains em O Homem Invisível, mas quando parecia esquecida, estreou-se em Titanic que lhe devolveu a popularidade de outras épocas em que o cinema ainda era a preto e branco. Após ter terminado a sua graduação em 1927, Gloria casa-se em 1930 com o escultor Blair Gordon Newell.Procurando por emprego como actriz, estreou-se em 1932 com cinco filmes Street of Women, Back Street, The All-American, The Hold Dark House e Airmail. Os seus cabelos de um loiro quase branco eram bastante apreciados conferindo-lhe uma certa popularidade, tendo sido chamada para vários outros filmes. Em 1934 divorcia-se de Newell e casa-se com Arthur Sheekman com quem tem uma filha, Sylvia, em 1935. A sua carreira como actriz foi sempre um vai e vem. Quando se casa com Sheekman fazem uma volta ao mundo e retornam só com o estalar da Segunda-Guerra Mundial. Gloria dedica-se em 1946 à arte de decoração e pintura abrindo uma casa chamada Décor. Desde esse ano só voltaria a aparecer na televisão em 1975. A actriz ficou viúva aos 68 anos, iniciando um novo relacionamento, com o escritor Ward Ritchie, 6 anos mais velho que ela. Gloria e Ward conheceram-se em 1930, quando ele era o melhor amigo do seu primeiro marido. Gloria voltou aos cinemas em 1982 com My Favourite Year, em 1984 com Mass Appeal e em 1986 com WildCats. Parecia que a bela loira tinha retornado em força, mas nessa mesma época, teve que lutar contra um cancer da mama e novamente retira-se do mundo do cinema até Titanic. Nesse ano de 1996 morre Rictchie com quem vivia desde 1978. Com Titanic veio a indicação para o Oscar de melhor actriz, em 1998, aos 86 anos. Gloria não venceu, mas alcançou a fama e continou a receber convites. Cameron a encontra como alternativa já que desejava que a Rose idosa fosse Beatrice Wood, actriz em quem ele se inspirou para a sua personagem em Titanic. Gloria, por não surgir há algum tempo ao público e estava já esquecida, acabou por ser acreditada como se tivesse realmente 101 anos e que a história dela tinha sido verdade que ela era mesmo a Rose. Desde 1997 até 2004 Gloria continuou a representar para o cinema em The Million Dollar Hotel em 2000 e Land of Plenty em 2004. A 'eterna Rose', eleita em 1998 pela revista People como uma das 50 pessoas mais bonitas do mundo, tem 4 netos e 12 bisnetos, e até julho de 2008 morava em Brentwood, Los Angeles, na California. Actualmente Gloria Stuart apenas dá entrevistas, empresta a sua voz para documentários e tem por grande amiga Olivia Mary de Havilland a actriz de E Tudo o Vento Levou.

A ''Verdadeira'' Rose



UMA "ROSE" DE VERDADE
O filme "Titanic" fez com que viessem ao de cima muitas histórias que começavam a ficar esquecidas. Hoje conhecem-se muitos «Jacks» e «Roses» que estiveram a bordo do "Ship of Dreams". Roberta Maioni (na foto) é um exemplo disso mesmo, tinha 19 anos, viajava em primeira classe como empregada da Condessa de Rothes e apaixonou-se a bordo por um camareiro do Titanic. Ela nunca revelou o seu nome, apenas se sabe que logo após o navio ter chocado com o icebergue, ele dirigiu-se ao seu camarote de primeira classe, trouxe-a para fora e ofereceu-lhe um medalhão em forma de estrela com o nome TITANIC escrito, depois calmamente acompanhou-a para o bote salva-vidas número 8 juntamente com a Condessa de Rothes e a prima da mesma, Gladys Cherry. Roberta e o empregado desconhecido nunca mais se voltariam a ver.

O ''Verdadeiro'' Jack


 


JOHN (JACK) BORLAND THAYER JR.
Um dos testemunhos para mim mais marcantes do Titanic é o de Jack Thayer, passageiro de primeira classe, de apenas 17 anos. Foi este Jack que serviu de inspiração a James Cameron para o papel interpretado por Leonardo DiCaprio na realização do épico do cinema. Jack Thayer vinha de regresso da Europa junto com o seus pais, era filho do presidente das companhia ferroviária da Pensilvannia. O primeiro dia de viagem passou-o no seu camarote contíguo ao dos pais, mas os restantes dias desfrutou-os da melhor forma, visitou a ponte, participou dos jantares de gala de primeira classe onde conheceu algumas das pessoas mais ricas e famosas do mundo. Num café depois de jantar, fez um amigo, Milton Long de 29 anos, que o iria acompanhar pelo resto da noite. Jack estava no seu camarote no momento da colisão, pouco se apercebeu, só instantes depois é que começou a ouvir alguma agitação nos corredores e resolveu saber o que acontecia, viu que era sério. Quando os botes começaram a ser descidos, Jack perdeu os pais de vista no meio da confusão. Ficou apenas com o amigo Milton no convés do Titanic à espera que viesse a tal ajuda que se ouvia falar, julgava que os pais estavam já num bote, uma vez que não os encontrava. Quando Jack e Milton perceberam que essa ajuda não vinha a tempo resolveram que teriam de fazer algo para se salvarem. Viram as pessoas que saltavam para a água e gritavam desesperadas. Jack e Milton passaram para o lado de fora da amurada. Não se despediram, nem trocaram mensagens que um ou outro pudesse dar se sobrevivesse pois pensavam que isso não iria acontecer – “Vens, não é?” – Perguntou Milton, ao que Jack respondeu : - “Vai andando, vou já ter contigo.” – Milton saltou, Jack nunca mais o voltou a ver. Jack conseguiu chegar a um bote e salvar-se. No navio Carpathia, Jack reencontrou a sua mãe que lhe perguntou prontamente pelo pai. Foi então que compreendeu que o seu pai não estava num bote como ele julgava antes. Aqui ficam umas palavras escritas por Jack Thayer em reflexão ao Titanic.
“Havia paz e o Mundo ganhava um novo sentido. Nada fazia prever de manhã o que se iria passar durante a noite. Parece-me que o desastre estava eminente, e não foi só o acontecimento que fez o mundo esfregar os olhos e acordar, mas também acordar para sempre e manter-se a um ritmo acelerado desde então… Cada vez menos paz, cada vez menos alegria e felicidade.
Para mim, o Mundo de hoje acordou a 15 de Abril de 1912.”
Jack Thayer, sobrevivente do Titanic.

Jack e Rose existiram ?



JACK E ROSE EXISTIRAM? 

Muitas pessoas ainda hoje procuram a resposta a esta pergunta. Não constam de qualquer lista de passageiros do Titanic nenhuma Rose DeWitt Bukater ou Rose Dawson, Ruth DeWitt Bukater, Caledon Nathan Hockley, mordomo Lovejoy, empregada Trudy Bolt, nem os passageiros de terceira-classe Olaf e Sven (que não embarcaram), o amigo irlandês de Jack e Fabrizio de nome Tommy Ryan, Helga Dahl (a namorada de Fabrizio de Rossi) e sua família, Bert e Cora Cartmell (a menina que dança com Jack e seu pai) e obviamente Jack Dawson e Fabrizio não estiveram no Titanic. Cameron em entrevista há dez anos logo após o lançamento de sucesso do filme confirmou:
- Houve alguns elementos verdadeiros na história de Jack e Rose?
- Bem, Rose era o nome da minha avó materna o que a torna desligada do Titanic. Não, eles são personagens fictícios. Mas, por exemplo, Rose saltou do barco de salvamento de volta para o navio e isso aconteceu realmente - quando Ida Strauss saltou de novo para o Titanic para ficar com o seu marido. Sim, é seguido à risca deste ponto em diante.
Pegando neste comentário de Cameron, e para esclarecer várias questões às dezenas de comentários que um só post sobre a Rose recebeu e que se tornou quase numa espécie de fórum de discussão, o TitanicFans numa tentativa de colocar um ponto final no assunto deixa aqui uma lista de vários posts sobre o assunto.

O Coração do Oceano


CORAÇÃO DO OCEANO
O Coração do Oceano, The Heart of the Ocean, Le Coeur de La Mer, é o nome do mundialmente famoso colar oferecido à personagem Rose DeWitt Bukater - Kate Winslet - no grande sucesso Titanic; é seguro dizer que hoje esta magnífica peça da joalheria é uma das mais famosas jóias do cinema mundial. O Diamante "Coração do Oceano", diamante histórico, como é citado no filme, jamais existiu. O famoso diamante usado por Rose na cena onde é desenhada nua pelo parceiro Jack é um diamante fictício, foi uma criação exclusiva para Titanic de 1997, inserida no roteiro como chave central responsável pelo início da trama, existe apenas no enredo do filme. A jóia foi feita pelos joalheiros Asprey e Garrard, de Londres, através de uma zircônia cúbica azul afixada a uma armação de ouro branco, cujo valor era de US$ 10.000 e encontra-se hoje no acervo da FOX. Para a Cerimônia do Oscar foi encomendada também à Asprey e Garrard, uma cópia do colar; a qual foi usada por Celine Dion. 
Na noite de gala do Oscar de 23 de Março de 1998, ela cantou "My Heart Will Go On" usando a jóia, que foi avaliada em 3,5 milhões, num dos momentos mais quentes da execução da música, Celine Dion faz um gesto brusco, enrosca a mão no colar e o faz saltar no pescoço. Esta peça foi feita com uma safira do Ceilão engastada em platina e rodeada por 65 diamantes reais. A jóia não aparece no filme, foi usada apenas na noite do Oscar. Mais tarde, foi vendida num leilão de beneficência para o "Diana, Princess of Wales Memorial Fund e Southern California's Aid For AIDS" por $ 2,2 milhões. Hoje a jóia pertence à filha de um rico cliente da marca Asprey.  Ao mesmo tempo, o joalheiro Harry Winston usou um diamante de 15 quilates ( 3,0 g.) para produzir sua interpretação do colar "Coração do Oceano". Este colar, que é uma adaptação livre, avaliado em 20 milhões de dólares, fora então usado por Gloria Stuart também na noite que premiou o filme Titanic com 11 estatuetas do Oscar.
A Companhia J. Peterman, em 1997, quando o filme foi lançado, fabricou reproduções do Coração do Oceano. Esta versão consiste em 137 cristais autríacos que rodeiam uma imitação de diamante azul. A peça é embalada em uma caixa azul-marinho articulada e acompanha um certificado de autenticidade validado pela Twenty Century FOX. 
Recentemente um joalheiro americano disponibilizou reproduções do Coração do Oceano de ótima qualidade, feitas artesanalmente com cristais swarovski. Haviam duas opções: uma em tamanho real ( mais cara ) e uma em tamanho ligeiramente reduzida ( mais barata ). O valor de venda girava entre US$ 1500 - 2500 dólares e os exemplares "evaporaram-se" rapidamente. Até hoje são as reproduções mais belas e tecnicamente perfeitas.
Mas, para quem não pode gastar uma grande quantia, ainda há no mercado, bonitas reproduções do Coração do Oceano muito populares, facilmente encontradas e vendidas a baixo preço.
Apesar de fictícia, a jóia fora baseada no diamante Hope que é um real diamante azul de altíssimo valor - avaliado entre $ 200 e 250 milhões - cuja história ultrapassa 300 anos e carrega uma lenda de maldições que diz que esta jóia trouxe muito azar aos vários proprietários ao longo dos anos. 
O primeiro registo histórico do diamante Hope surge por volta de 1660, quando o mercador francês Jean-Baptiste Tavernier o adquiriu durante as suas viagens na Índia. A pedra tinha então cerca de 112 quilates e estava lapidada em forma de triângulo. O diamante é originário da mina de Kollur e, de acordo com a lenda, foi roubado de um templo hindu dedicado à deusa Sita, onde estava encastrado numa estátua, representando um dos olhos da divindade. Em 1668, Tavernier vendeu o diamante ao rei Luís XIV de França. A pedra foi entregue ao joalheiro da corte, Sieur Pitau, que a cortou e lapidou de acordo com o gosto da corte francesa.
O diamante passou a pesar cerca de 67 quilates e ficou conhecido como o Diamante Azul da Coroa. Luís XIV costumava usá-lo ao pescoço em ocasiões solenes, suspenso numa fita e encastrado em ouro. O seu bisneto, Luís XV, readaptou a pedra para fazer parte do seu pendente da Ordem do Tosão de Ouro. Mais tarde, Luís XVI ofereceu a pedra a Maria Antonieta, por ocasião do seu casamento. Durante a Revolução Francesa, já com o rei e a rainha na prisão, as jóias da coroa desapareceram num roubo efetuado a 11 de Setembro de 1792. O diamante azul desapareceu também, e o seu paradeiro é incerto nos anos seguintes. Em 1812, o diamante reaparece na posse de Daniel Eliason, um mercador de jóias londrino. A identidade da pedra foi disputada até se confirmar, em 2005, que era de facto o diamante azul francês, desaparecido durante a revolução. Apesar de se supôr habitualmente que a pedra foi adquirida pelo rei Jorge IV do Reino Unido, não há registros da compra nos arquivos da contabilidade real. O dono seguinte do diamante foi Henry Philip Hope, que o adquiriu em 1824 para a sua coleção de pedras preciosas. A partir desta data, a pedra passa a ser conhecida como diamante Hope.
O diamante foi adaptado como um pregador, usado pela cunhada de Hope em ocasiões sociais. Após a morte de Henry Philip em 1839, os seus sobrinhos lutaram pela herança em tribunal durante dez anos, até a coleção de gemas ser por fim concedida a Henry Hope. O diamante passava a maior parte do tempo guardado num cofre, mas foi exibido na Great Exhibition de Londres (1851) e na Exposição Universal de Paris (1855). O diamante Hope permaneceu na posse da família até 1901, quando foi vendido a um joalheiro londrino por 29,000 libras, para pagar as dívidas de Francis Hope. Após várias mudanças de dono e cortes, que incluíram Pierre Cartier e a socialite Evalyn MacLean (que por vezes o pregava à coleira dos seus cães), o diamante Hope foi adquirido por Harry Winston em 1949, por uma soma desconhecida. Winston incluiu o diamante numa coleção de outras pedras preciosas famosas que exibia para fins de caridade. Em 1958, Harry Winston doou o diamante ao Instituto Smithsonian onde permanece até hoje exposto. A lenda da maldição do diamante Hope nasceu no início do século XX e foi criada por May Yohe, uma atriz dos Estados Unidos que fora casada com Lorde Francis Hope e que fugira para a Austrália com o amante. A vida não lhe correu bem e, de regresso aos Estados Unidos, procurou vender a história da maldição a produtores de cinema de Hollywood. A história do diamante transformou-se num filme, que incluía diversas liberdades criativas como a atribuição da morte de Marat à maldição e, possivelmente, à origem da lenda do roubo do templo Hindu. Desde então, diversos infortúnios têm sido atribuídos ao diamante, como o destino de Luís XVI e Maria Antonieta (que acabaram guilhotinados na Revolução Francesa), a suposta morte de Tavernier devorado por lobos (que de facto morreu de causas naturais), a loucura de Jorge IV ou a morte de Catarina, a Grande (que nunca possuíram o diamante).
 Passageiros e Tripulação  :